No próximo domingo, a Igreja comemora o Dia Nacional do Leigo e celebra a solenidade de Cristo Rei. A coincidência é bastante oportuna, pois, em nossos batizados, todos somos chamados a ser sacerdotes, profetas e rei. E Cristo Rei, é Rei de todos nós, que também somos chamados a sermos reis. Vamos refletir sobre o Reino de Deus e nossa tarefa neste reinado?
Na primeira leitura (Dn 7, 13-14), veremos que um “filho de
homem” recebeu poder, glória e reino. E este reino jamais se dissolverá. No
Salmo (93), reafirmaremos cantando que seu reino está inabalável. Na segunda
leitura (Ap 1, 5-8), veremos que Jesus, além de nos libertar, fez de nós um
reino de sacerdotes. Mas, como veremos no Evangelho (Jo 18, 33-37), não se
trata de um reino deste mundo, onde os reis usam coroas, têm privilégios,
exploram e oprimem seus “súditos”. O Reino do “Filho de Homem” é um reino de e
da verdade, onde a exploração dá lugar à partilha, e a opressão dá lugar à
fraternidade.
Nós cristãos (leigos e sacerdotes) não somos súditos, somos
discípulos de Jesus. Como Ele, somos humanos, “Filhos de Homem”, chamados a
sermos reis deste reino de e da verdade em todos os ambientes onde a gente
vive. Em casa, no trabalho, na escola, na política e até na Igreja, que também
precisa ser evangelizada.
A questão que nos é colocada é se somos verdadeiros
discípulos de Jesus e realizamos nosso reinado como reis sem coroa, um reinado
de partilha e fraternidade ou se optamos pela soltura de Barrabás e seu reino
de violência e busca de poder, colocando em risco o “inabalável” Reino de Deus.
Reflexão da liturgia de Cristo Rei / Dia Nacional do Leigo
(Dn 7, 13-14; Salmo 93 (92); Ap 1, 5-8; e Jo 18, 33-37)
21 de novembro de 2021
Por Paulo Flores
(Lobinho), membro do Círculo Bíblico da Comunidade Eclesial de Base Cristo Rei.
Paróquia Santuário São Judas Tadeu (Jabaquara), São Paulo-SP.
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